Apesar de irrigar atualmente menos de 10% da área cultivada, a agricultura brasileira tem condições de fazer uso mais consciente da água, recurso natural cada vez mais precioso no planeta. Atualmente, são 5,7 milhões de hectares com algum tipo de irrigação no campo. Em países como Estados Unidos, o terreno irrigado é duas vezes maior. Preparamos uma lista com dicas com dicas de economia para os produtores, que traz exemplos de como produzir mais por hectare com baixo consumo, até mesmo em regiões que não tem problema com a disponibilidade de água.nomia para os produtores, que traz exemplos de como produzir mais por hectare com baixo consumo, até mesmo em regiões que não tem problema com a disponibilidade de água. Evapotranspiração Antes de acionar a irrigação é importante calcular a evapotranspiração de cada cultura, diariamente. Com isso é possível saber o volume exato de água que deve ser recolocado no campo. Para conhecer o valor é preciso medir as chuvas e a temperatura na área de cultivo todos os dias. Hora de irrigar Não use os irrigadores entre às 17h e 20h30. Esse é considerado o horário de pico de energia, quando a tarifa se eleva significativamente. Entre às 21h e 6h, o valor é ao menos 30% mais barato. Além disso, como a temperatura é menor durante à noite e a incidência de ventos também, normalmente há uma eficiência maior da aplicação noturna da água. Conservação Faça um mapeamento da área para saber se existem nascentes. Se houver, veja em que condições estão, recupere conserve-as, plantando espécies nativas em volta. Programas do governo até remuneram produtores que com valores mensais. Desperdício Estabeleça uma rotina para verificar se não há vazamentos nas tubulações instaladas nos equipamentos de captação e distribuição de água no campo. Cada milímetro desperdiçado vale muito.
A agricultura irrigada possui um conjunto de técnicas e equipamentos, programados e operados de maneira racional, para alcançar seu objetivo que é o de irrigar as plantas, proporcionando uma boa produtividade. Uma boa irrigação é feita quando essa molha todo o solo (região em torno da planta), possibilitando que a água chegue até a região onde se encontram as raízes, não irrigando apenas a superfície, como feito em muitos casos.
Quando irrigar
A irrigação é um instrumento indispensável para o sucesso da agricultura, e deve ser realizada sempre que a planta necessitar, respeitando o fato de que cada espécie de planta deve ser irrigada com uma quantidade específica de água.
– Irrigação obrigatória: quando essa é a única fonte de água que a planta possui, por exemplo, plantas cultivadas em estufas.
– Irrigação suplementar: quando essa corrige e auxilia na irregular distribuição de chuvas. A irregularidade na distribuição de água compromete o metabolismo da planta, prejudicando o seu desenvolvimento e sua produção.
Quanto irrigar
A quantidade ideal é quando a água reposta pela irrigação fica armazenada em uma profundidade onde é aproveitada pelas raízes das plantas. No caso da água ultrapassar, ou ficar muito abaixo da capacidade de retenção de água do solo, haverá duas possibilidades:
Excesso de água: se a quantidade de água contida no solo for maior ou igual a capacidade de campo (quantidade máxima de água que o solo pode reter) do mesmo, o solo perderá consideravelmente sua capacidade de concentrar oxigênio. Com isso a planta não conseguirá retirar do solo os nutrientes de que necessita e não irá realizar o processo de fotossíntese, uma vez que precisa de oxigênio para executar tais funções. Resultado final: a planta começará a murchar.
Deficiência de água: é o caso mais crítico, a planta não terá a água de que necessita. Com isso ela também não absorverá os nutrientes para o seu desenvolvimento, e nem realizará o processo de fotossíntese. Como conseqüência a planta começará a murchar.
Por que há tanta oposição aos organismos geneticamente modificados
(OGMs), se os transgênicos tornam a agricultura mais sustentável”? Para
responder a essa pergunta, uma equipe de filósofos e biotecnólogos da
Bélgica recorreram à ciência cognitiva, publicando resultados em um
paper na edição de 10 de Abril do jornal Trends in Plant Science.
“A mente humana é altamente suscetível às representações negativas e,
muitas vezes, emocionais colocadas por ativistas do meio ambiente e
outros indivíduos anti-OGMs. Os pesquisadores estimulam o público geral
para formar opiniões sobre OGMs de caso a caso, não focando, assim, na
tecnologia, mas no produto final”, diz o estudo.
“A popularidade e as características típicas da oposição aos GMOs podem
ser explicadas em termos de processos cognitivos subjacentes. As
mensagens anti-OGM apelam fortemente a intuições particulares e a
emoções”, diz o líder do estudo Stefaan Blancke, filósofo no
Departamento de Filosofia e Ciências Morais da Universidade de Gante.
“Representações negativas dos OGMs – por instância, como alegações de
que eles causam doenças e contaminam o meio ambiente – mexem com nossas
emoções, causando desgosto, e enviesam a mente. É muito difícil de
controlar tais emoções, em particular porque a ciência dos OGMs é
complexa e, portanto, enfrenta obstáculos para ser repassada”, explica o
paper.
Outro fator seria a falta de entendimento científico de Genética (metade
dos que responderam a uma pesquisa nos Estados Unidos alegaram que um
gene de peixe introduzido em um tomate poderia dá-lo um gosto de peixe),
assim como objeções morais ao dizer que os cientistas estão “brincando
com as coisas de Deus” ou “querendo ser Deus”.
“Argumentos anti-transgênicos esbarram em nossas intuições de que todos
os organismos possuem um núcleo imutável não-observável, uma essência, e
que as coisas no mundo natural existem ou acontecem sempre por um
propósito. Ficamos muito suscetíveis à ideia de que a natureza é uma
força que age com uma finalidade ou mesmo com intenções que não
deveríamos mexer”, explica Blancke.
No entanto, os pesquisadores argumentam que há mais fatores – grupos de
ativistas do meio ambiente são simplesmente mais eloquentes do que a
comunidade científica: “Por muito tempo, pessoas vêm apenas escutando um
lado. Cientistas, em geral, não são envolvidos com o entendimento
público dos OGMs, para não mencionar que a ciência que trata disso é
altamente contra-intuitiva e, portanto, enfrenta dificuldades para ser
repassada a um público leigo – então, desde o começo, já há uma
desvantagem”.
A avaliação dos pesquisadores, o entendimento dessa rejeição é o
primeiro passo para neutralizar mensagens negativas. Blanck e o co-autor
Geert De Jaeger, um biotecnólogo de plantas, desenvolveram palestra
pública visando refutar alguns mitos: “Nós queremos trazer os dois lados
para mais perto. Você não pode dizer que todo transgênico faz mal. Você
tem de olhar para cada caso separadamente para fazer um julgamento”,
conclui Blancke.
Agricultura sustentável é aquela que respeita o meio ambiente, é justa do ponto de vista social e consegue ser economicamente viável. A agricultura para ser considerada sustentável deve garantir, às gerações futuras, a capacidade de suprir as necessidades de produção e qualidade de vida no planeta.
Princípios e características da agricultura sustentável (ações importantes):
- Diminuição de adubos químicos, através da técnica da fixação biológica de nitrogênio.
- Uso de técnicas em que não ocorram a poluição do ar, do solo e da água.
- Prática da agricultura orgânica, pois esta não utiliza pesticidas e adubos químicos.
- Criação e uso de sistemas de captação de águas das chuvas para ser utilizada na irrigação.
- Não desmatar florestas e matas para a ampliação de áreas agrícolas.
- Uso racional ou, quando possível, eliminação dos pesticidas.
Agricultura sustentável no Brasil
Embora haja esforços neste caminho sustentável, grande parte dos agricultores brasileiros ainda desrespeitam o meio ambiente e não são responsáveis do ponto de vista social e trabalhista.
Principais problemas:
- O Brasil é, atualmente, um dos países que mais utilizam pesticidas no mundo.
- Ainda é comum o desmatamento de florestas e matas para abrir espaço para a prática da agricultura.
- Muitos agricultores pagam salários baixos aos camponeses, além de não respeitarem direitos trabalhistas. Infelizmente, ainda ocorrem casos de trabalho escravo e emprego de mão-de-obra infantil no campo.
Perspectivas para o Brasil com relação ao desenvolvimento sustentável no campo
Embora o Brasil ainda esteja apresentando os problemas citados acima, já existem boas iniciativas no campo da agricultura sustentável. Algumas empresas estão buscando adotar medidas de respeito ao meio ambiente e melhoria das condições de trabalho dos funcionários. Cabe também ressaltar o importante trabalho feito pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no sentido de desenvolver técnicas agrícolas sustentáveis, divulgar informações e orientar os agricultores no caminho da sustentabilidade.
São muitos os aspectos que causam polêmica quando falamos de transgênicos. As principais são as consequências da liberação de plantas transgênicas no ambiente, e os danos que esses alimentos poderiam trazer à saúde humana e animal. A liberação no ambiente: Quando introduzimos uma espécie diferente em um meio, devemos tomar sempre muito cuidado, pois esse é um processo normalmente irreversível. A reprodução natural de organismos geneticamente modificados poderia causar grandes desastres, já que poderiam entrar em competição com as espécies nativas da região, ou mesmo cruzar com espécies nativas próximas, gerando novas plantas, além de outras possíveis consequências imprevisíveis. Uma das tentativas de solução desse problema por parte das empresas produtoras de sementes geneticamente modificadas foi criar plantas que produzem sementes estéreis, o que também forçaria o produtor a comprar sementes daquela empresa. Mas o cruzamento com plantas nativas e com outras cultivares (contaminação genética) ainda é possível na maioria dos casos, sendo monitorado o desenvolvimento da lavoura, a fim de verificar possíveis cruzamentos indesejáveis. O monitoramento de biossegurança é feito pela própria empresa, que apresenta um projeto que confirma a segurança das sementes no meio ambiente. Essas pesquisas, de caráter duvidoso, possuem sua metodologia questionada devido a um possível empirismo das mesmas. Possíveis danos à saúde: Quando um gene é introduzido em uma planta, uma característica favorável pode ser introduzida, mas uma característica indesejável pode também ter entrado. Ou seja, ao mesmo tempo que uma planta adquire resistência a uma doença, ela pode produzir toxinas ao homem. O problema maior é descobrir exatamente quais características a planta adquiriu com o processo, pois muitas delas são quase ocultas, mas podem ter consequências desastrosas. Existem diversas acusações de intoxicações alimentares causadas supostamente por alimentos transgênicos. Mas é importante observar que ainda não há nenhuma prova concreta de que alimentos transgênicos possam causar danos à saúde de humanos e animais. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova concreta de que eles não podem causar danos à saúde. O pagamento de royalties: A permissão da geração de patentes sobre seres vivos é uma das mais importantes pautas da discussão sobre organismos geneticamente modificados. Vale ressaltar que todos os transgênicos produzidos por empresas privadas são patenteados. Isso significa que a cada vez que algum produtor utiliza sementes transgênicas, eles devem pagar taxas para quem as criou, sendo essas taxas chamadas de royalties. Essa patente vale mesmo para as sementes geradas naquela propriedade rural através da planta transgênica. O aumento do uso de herbicidas: Muitos tentam comprovar que houve aumento no uso de herbicidas com o uso de transgênicos, e não uma redução, como havia sido dito pelas empresas produtoras de sementes. Algumas cultivares de plantas lançadas eram resistentes a determinados herbicidas, sendo útil para a utilização do herbicida já com a plantação formada, sem causar danos à produtividade. O uso de organismos geneticamente modificados (transgênicos) na agricultura pode gerar muitos benefícios à população mundial. Apesar disso, ainda há muitas controvérsias sobre a biossegurança da sua liberação no meio ambiente e da sua segurança no consumo alimentício. Há vários campos de pesquisa relacionados à transgenia: o da produção agrícola, das questões ambientais, medicina e ética. Mas infelizmente, há pouca ou nenhuma integração dos vários campos de pesquisa para o desenvolvimento e estudo dos OGMs. Uma das grandes barreiras para que isso ocorra, é o radicalismo ideológico que vem sendo apresentado por todas as partes representantes de cada campo de pesquisa, o que gera conflitos, sem se poder chegar a qualquer conclusão. Por mais que a já tenhamos uma opinião formada, é essencial escutarmos as opiniões diferentes com calma e respeito. Devemos evitar radicalismos, pois eles impedem a nossa sociedade de trabalhar em conjunto para a busca de novas soluções.
Analistas e especialistas de mercado em todo o mundo apontam a Índia como o próximo grande mercado internacional a ser conquistado. Isso porque as rendas de países emergentes devem subir significativamente nos próximos anos, provocando maior demanda de consumo por proteínas e, consequentemente, por grãos.
Para os produtores brasileiros, americanos e argentinos, isso significa que as exportações vão continuar a crescer fortemente. Isso refletirá diretamente como um fator autista para os preços de grãos nos próximos anos, aponta reportagem do site Agriculture.comassinada pelo correspondente Luís Henrique Vieira.
Dados divulgados pela Organização de Comida e Agricultura das Nações Unidas (FAO) revelam quanto consumirão de comida o mundo e cada país individualmente. Essa evolução histórica é observada nos números desde 1961 até 2011, e aponta e as tendências econômicas que dão pistas sobre o que esperar dos consumidores e produtores rurais em todo o mundo.
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado aprovou este mês projeto criando a “Política Nacional de Apoio aos Agrotóxicos de Baixa Periculosidade”. A iniciativa visa estimular o desenvolvimento de produtos “menos tóxicos” ou “não tóxicos” ao ser humano e meio ambiente através de incentivos para sua fabricação em escala industrial.
Apresentado pela ex-senadora Ana Rita, originalmente o PLS 679/2011 restringia a nova política de estímulo aos agro químicos não sintéticos de origem natural. Relatora do processo, a senadora Ana Amélia (PP-RS) modificou a proposta para incluir produtos sintéticos considerados seguros do ponto de vista toxicológico e ambiental.
Pela proposta, o poder público deverá estimulará “pesquisas que resultem em agrotóxicos de baixa periculosidade, sejam naturais ou sintéticos, utilizando recursos dos fundos nacionais de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Meio Ambiente”. Determina ainda a concessão de “crédito com juros menores aos produtores que derem preferência a agrotóxicos não sintéticos naturais”.
O PLS 679/2011 será agora submetido a mais uma votação na CRA, em turno suplementar. Após isso, segue para apreciação na Câmara dos Deputados.